Fretes marítimos: estabilização pós-pandemia e perspectivas positivas
Após enfrentar adversidades e incertezas decorrentes da pandemia global, as rotas de comércio marítimo do Brasil estão finalmente passando por um período de maior equilíbrio entre oferta e procura em 2023. Essa estabilização é um sinal encorajador, especialmente à medida que se aproxima o período de alta demanda. A previsão é de que os valores dos fretes não apresentem aumentos significativos nos próximos meses.
No contexto da exportação de madeira e seus derivados, essa tendência de estabilização é particularmente importante. A indústria madeireira, reconhecida por sua contribuição econômica substancial, enfrentou desafios nos anos recentes. No entanto, com a retomada das rotas de comércio marítimo, as oportunidades de exportação para esses produtos estão ganhando um novo impulso.
Conforme indicado pela consultoria Solve Shipping em relação ao Valor Econômico, "os preços das exportações do Brasil para a Ásia, que foram menos afetados durante a pandemia, atingiram um patamar bastante reduzido em julho, chegando a US$ 500 por contêiner de 40 pés no mercado de curto prazo". Essa tendência de preços favoráveis traz uma estabilidade e vantagem competitiva ao comércio marítimo, reforçando as perspectivas para as exportações de produtos.
A perspectiva ambiental em foco
Além dos aspectos econômicos, é crucial também considerar a sustentabilidade no contexto dos fretes marítimos. Em um mundo cada vez mais consciente das questões ambientais, a indústria de transporte marítimo está buscando soluções mais ecológicas para minimizar seu impacto no ecossistema. A busca por maior eficiência energética, adoção de tecnologias mais limpas e promoção de práticas responsáveis estão moldando a evolução da indústria, tornando-se um componente essencial a ser observado em qualquer análise abrangente.
Nesse sentido, o transporte marítimo global está prestes a passar por mudanças significativas a partir de 1º de janeiro de 2024. O IMO 2023, regulamentações estabelecidas pela Organização Marítima Internacional, entrarão em vigor, obrigando todas as embarcações a calcular seu Índice de Eficiência Energética (EEXI) e a coletar dados para elaborar o relatório anual de intensidade de carbono operacional (CII). Embora possa haver uma retirada de navios com maiores emissões de dióxido de carbono, essa transição ainda não deve ter um impacto substancial no mercado durante este ano.
Fonte: https://www.woodflow.com.br/pt/2023/08/18/fretes-maritimos-estabilizacao-pos-pandemia-e-perspectivas-positivas/